Q’hubo: Este álbum é a fé viva de que seu talento não tem fronteiras. Você entende assim?
Dulce: Jamais imaginei que minhas músicas chegariam
a países como a Eslovênia, Romênia, Polônia, Israel e inclusive Japão.
Com este álbum entendo que não importa de onde sejamos, a música nos
une. O disco me encanta: me faz rir, chorar, dançar, recordar e
enfrestar. Quero que as pessoas se conectem com essas emoções.
Q’hubo: Essa conexão tem um pouco de cada país…
Dulce: Exatamente. Era como globalizar uma
mensagem, não somente minha, porque creio que é assim que tem que viver:
rompendo fronteiras, limites, lutando pelo que queres e defendendo o
que você crê. Então esse álbum tem um pouco do México (Julión Álvarez
com a música Lágrimas), da Argentina (Coti, com quem produziu vários
temas em Madrid), o lado latino do EUA (Frankie J, com a música Te
Quedarás) e obviamente da Colômbia (Naty Botero, em Shots de Amor feat.
Pambo).
Q’hubo: Neste álbum você escreveu sua primeira balada. Como foi a experiência?
Dulce: Sempre gostei de compor com base nas minhas
experiências, de todas essas conversas que tenho com meus amigos e com
meus fãs. Escrevo o que sinto.
Q’hubo: Como mudou a Dulce que chegou aqui em 2005 e a que voltou agora em 2014?
Dulce: Caramba! Foi esmagador ver mais de 50 mil
pessoas (no estádio El Campín). Depois vim com Extranjera e agora com
esse álbum. Felizmente sempre fui muito bem recebida. Eu mudei muito:
cresci, aprendi e agora estou de cabeça nesse barco.
Q’hubo: Tem sido difícil carregar esse peso de Rebelde, a ruiva que fez parte do RBD?
Dulce: Acho que é difícil as pessoas deixá-lo ir,
porque já se passaram mais de cinco anos (o último show do grupo foi em
2008). Em Rebelde eu só saía e cantava, e aqui componho minhas músicas,
monto meus shows, procuro meu vestuário, estou por dentro de tudo. É uma
bandeira que sempre vou levar com muito orgulho, mas eu já estou em
outra etapa da minha vida.
Q’hubo: Milhões de fãs sonham com um regresso. É possível?
Dulce: Isso está muito difícil de
acontecer, porque cada um está focado em sua carreira. RBD faz parte de
nossos corações, mas no momento não está em nossos planos. Quem sabe no
futuro.
Q’hubo: O que passa primeiro na sua mente quando dizem Colômbia?
Dulce: Desde que vim pela primeira vez me apaixonei
por tudo. Eu gosto das músicas, da comida, do licor (risos), das
pessoas e do rolo artesanal. Gosto das arepitas, algumas são meio
‘doces’…
Q’hubo: Conhece a Costa?
Dulce: Não. Gostaria de conhecer a Cartagena, todo
mundo me diz que é bonito. Morro de vontade de conhecer Barranquilla, a
terra de Shakira. Algum dia gostaria de fazer algo com ela, gosto do que
ela faz.
Créditos: DMForoUnivision